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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Travessia da Saudade na despedida
O Governo do Amazonas, através da Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Amazonas (SNPH), definiu a nova estrutura de funcionamento dos Portos da Ceasa e do São Raimundo com a inauguração da Ponte Rio Negro, no dia 24 de outubro. A travessia Manaus–Iranduba por balsa será desativada e a Estação Hidroviária do São Raimundo passa a funcionar como porto de transbordo de cargas e passageiros. Com isso, a SNPH transfere parte da estrutura do local, que conta com seis balsas e 80 funcionários, para o Porto da Ceasa, assumindo a travessia para o Careiro da Várzea, e cria o serviço de travessia por balsa entre os municípios de Nova Olinda do Norte e Autazes.
As mudanças seguem diretriz do governador Omar Aziz e têm como meta melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população. As balsas que fazem a travessia Manaus–Iranduba vão operar normalmente até a noite do dia 24 de outubro. A partir da manhã do dia 25 de outubro, quando a Ponte Rio Negro será liberada para o tráfego de veículos, o serviço não estará mais disponível. Das seis balsas de propriedade do Governo Estadual operando no São Raimundo, cinco serão transferidas para a Ceasa e uma para o porto de Nova Olinda do Norte.
A partir do dia 30 de outubro, a SNPH assume a travessia no Porto da Ceasa substituindo as duas empresas que atualmente respondem pelo serviço. Segundo estimativa da SNPH, em média 20 mil pessoas utilizam as balsas particulares para fazer a travessia Manaus–Careiro da Várzea, todos os meses.
Até dezembro deste ano, todas as seis balsas de propriedade do Governo Estadual serão reformadas. Durante esse período, a travessia na Ceasa será feita com quatro balsas, que vão operar em revezamento até que todas tenham sido reformadas. De acordo com o diretor-presidente da SNPH, coronel Luiz Gonzaga, o custo médio para a revitalização de cada balsa é de R$ 1,6 milhão e os recursos já estão garantidos pelo Governo do Estado, com pedido de licitação já encaminhado à Comissão Geral de Licitação (CGL).
Para operar com o novo quantitativo de balsas, o Porto da Ceasa vai receber os dois cavaletes de atracação que eram utilizados na travessia do São Raimundo. Em fevereiro de 2010, o Governo do Estado entregou o terminal da Ceasa após obras de reforma e ampliação. Outros dois cavaletes serão colocados no porto do Careiro da Várzea, em fase de construção pelo Governo Estadual. As obras estão com mais de 30% do percentual físico pronto e se encontram na fase de retirada de material inservível e terraplanagem do terreno. A previsão é de que a obra seja entregue em janeiro de 2012, conforme a Secretaria de Estado de Infraestrutura do Amazonas (Seinfra).
Outra novidade é que a SNPH vai ampliar em cinco horas o tempo de funcionamento das balsas na travessia Manaus–Careiro da Várzea, além de implantar um controle mais rigoroso dos horários de chegada e saída das embarcações. Com isso, a população poderá utilizar o serviço de travessia intermunicipal no Porto da Ceasa das 4h até a meia noite.
Travessia Nova
Olinda-Autazes
Compromisso de campanha do governador Omar Aziz, a travessia por balsa entre os municípios de Nova Olinda do Norte e Autazes será implantada a partir de janeiro de 2012, quando todas as seis balsas de propriedade do Governo terão suas reformas concluídas. Atualmente, apenas embarcações tipo recreio e lanchas ancoram nos portos. Com o novo serviço, a expectativa é facilitar o escoamento da produção agrícola, dinamizando a economia dos municípios, além de melhorar os meios para o trânsito da população.
Travessia da Saudade
Os aquaviários que trabalham na operação das balsas da travessia Manaus–Iranduba, entre servidores públicos e privados, estão preparando um ato de despedida para marcar o fim do serviço, que será desativado pela Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Amazonas (SNPH) a partir do dia 25 de outubro com a inauguração da Ponte Rio Negro.
Segundo o diretor-presidente da SNPH, coronel Luiz Gonzaga, a travessia da saudade deve reunir os mais de 80 aquaviários que trabalham com as balsas, além da participação de familiares e amigos. A última travessia ocorrerá no dia 25 de outubro, às 18h, com saída de Manaus. As dez balsas que operam no Porto do São Raimundo, seis de propriedade do Governo Estadual e quatro pertencentes a empresas privadas, sairão em comboio percorrendo o trajeto até Iranduba e depois retornando a Manaus.
Durante 35 anos, a travessia de balsa no Porto do São Raimundo foi a única alternativa para o escoamento da produção do setor primário, o trânsito de mercadorias e o deslocamento da população entre Manaus e os municípios da margem direita do Rio Negro. Por mês cerca de 100 mil pessoas fazem a travessia, conforme estimativa da SNPH.
Reestruturação do
Porto do São Raimundo
O terminal hidroviário do São Raimundo começa a operar na modalidade de transbordo de cargas e passageiros em novembro deste ano. Inicialmente, o porto vai receber as embarcações que atualmente atracam em uma área irregular que funciona em baixo da ponte que liga o bairro São Raimundo ao Centro de Manaus. São cerca de 50 barcos que navegam, por semana, pela calha do Rio Negro transportando gêneros alimentícios, produtos agrícolas e diversas mercadorias.
O Porto do São Raimundo possui um flutuante para receber as embarcações, mas o projeto do Governo do Estado é aumentar a capacidade atual de atracação e dotar o local de infraestrutura de embarque e desembarque semelhante à existente no Porto de Manaus, no Centro. Para isso, a SNPH apresentou ao Ministério dos Transportes um projeto para a construção de um flutuante com berços, com capacidade de atracação de 50 barcos por vez.
No valor total de R$ 8 milhões, o projeto já passou por análise operacional do Ministério, mas ainda está em fase de tramitação para aprovação. “A construção do flutuante, após todas as licitações realizadas, é rápida. Os estaleiros levam em média 90 dias para entregar a estrutura do flutuante pronta para uso”, informou o diretor-presidente da SNPH, coronel Luiz Gonzaga.
O Governo do Estado incluiu a área em baixo da ponte do São Raimundo, onde está localizado o porto clandestino, na terceira fase do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim). A previsão de investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é da ordem de US$ 280 milhões, com contrapartida de US$ 120 milhões do Governo Estadual na nova fase do programa. Estão previstos o reassentamento de 1.545 famílias e obras nos bairros de São Raimundo, Glória, Aparecida, Presidente Vargas, e Centro (Bairro do Céu).
As obras iniciam pela margem esquerda do São Raimundo devido a facilidade de logística de proximidade da área central da cidade. “Essa parte do Prosamim será a mais bonita, pois vai recuperar as áreas degradadas na orla do Rio Negro e devolver a beleza natural à frente da cidade”, destacou Omar Aziz. Com a recuperação, segundo ele, será possível devolver às praias ao bairro de São Raimundo, construir prédios de apartamentos para os moradores, parques e áreas de lazer.
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