Os sete milhões de reais encontrados pela Policia no forro
de uma casa no bairro de Coari, foi o estopim para fazer explodir os segredos
da trama de corrupção na Prefeitura de Coari e fazer emergir para a luz da
verdade o prefeito Adail Pinheiro mostrando, além da sua capacidade de desviar
dinheiro público, a perversidade de aliciar e corromper menores, no caso
clássico de pedofilia.
Com indícios eloquentes de culpa e com processos tramitando na Justiça Adail Pinheiro conseguiu a suprema façanha de empurrar com a barriga o julgamento do mérito da questão e, ao longo dos anos, conseguir por liminares e outros remédios jurídicos adiar o momento da Justiça bater o martelo.
No reverso da moeda o município de Coari, que tem o maior orçamento do interior do Amazonas, recebe recursos da Petrobrás e tem a maior circulação de dinheiro em função do numero de empresas e investimentos em torno da exploração do gás, possui o maior índice de pobreza que, segundo o observador Joel Souza Rocha, chega a níveis dolorosos e dramáticos de miséria, ao ponto de centenas de famílias não terem o que comer.
A convivência da
corrupção ativa pelo desvio de dinheiro e de crimes sexuais, com as doenças,
falta de estrutura urbana, saneamento, fornecimento de água e fome, determinou
a ida oficial da Frente Parlamentar contra a corrupção ao município de Coari, sob
o comando do seu presidente deputado Federal Praciano, acompanhado pelo deputado
estadual Luís Castro e vigias da democracia para um alerta, de repercussão
nacional, para pedir o julgamento imediato dos processos que Adail Pinheiro
responde eque estão sendo protelados, segundo Joel Souza Rocha, por obra e
graça de poderosas e invisíveis forças politicas com assento no Congresso
Nacional.
O deputado Praciano
chegou a ser aconselhado a usar colete a prova de bala,mas preferiu usar a
blindagem da palavra e da coragem como couraça natural, “para dar o exemplo da
reação cívica que precisa ficar inoculada no coração de cada morador de Coari.
Praciano e sua comitiva tiveram dificuldades para chegar ao centro da cidade,diante
de barreiras camufladas de seguranças da cidade, sob as
ordens do Prefeito, mas conseguiu registrara mensagem de luta que continuará em
Brasilia, na peregrinação nos Tribunais, garimpando a Justiça para Coari,
capital do Solimões que chora de dor do alto do barranco às margens do Lago.
A consequência
natural da presença da Frente Parlamentar contra a Corrupção foi a construção de
um documento,com assinatura dos moradores, para ser enviado à Ministra
Carmen Lúcia, pedindo o julgamento de Adail o que levará, segundo José Rogério,
agricultor de várzea “um pedaço de luz entre as nuvens escuras do céu de Coari”.
O fator mais forte
de revolta no município é o afavelamento da cidade, a pobreza e a fome, depois
de quase 10 anos de administração de Adail e o contraste de sua riqueza, dos
milhões descobertos em casas abandonadas, dos crimes de pedofilia e de sua
imunidade que chegou ao ponto de garantir a reeleição e a manutenção na função.
“O Adail tem uma ficha
extensa, na policia e nos processos judiciais, já teve condenação, é réu de
pedofilia em escândalo escancarado na Câmara Federal, durante CPI,
estava envolvido na Operação Voarax, mas mesmo assim flutua lépido e fagueiro,
como se uma estranha proteção o envolvesse.Sozinho não teria esta força”
denuncia José Souza Rocha que, sendo filho de Coari, onde está sua família,
se mudou para Brasília e faz plantão em frente aos Tribunais, com cartazes e
banners, denunciando Adail Pinheiro.
“Queremos uma
resposta da Justiça. Não estamos pedindo condenação ou absolvição, mas o julgamento,uma
ação da Justiça” explicou Joel.
Para fazer crescer
o movimento Joel, levado pelas mãos do deputado estadual Luis Castro já foi
à CNBB,à OAB na Comissão de Direitos Humanos. “Nada é demais contra a estranha
força politica de Adail” justificou,voltando a lembrar da fome do povo, contra
o orçamento de bilhões “o mais rico, em termos percentuais,municípios do
Brasil”.
A Frente Parlamentar
teve companhia de assessoria jurídica, para explicar a engrenagem de um
processo, com o advogado Marcelo Schroder, que deu uma verdadeira aula
jurídica, mostrando que o “caminho da Justiça é a trilha da verdade.”
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