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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Invasão, violência, depredação do patrimônio, estupro, ameaças à vida No Ramal da Castanheira

CASO DE POLÍCIA

Com sinais de mais um elo na lucrativa indústria de invasão que prolifera em Manaus e tem ramificações perigosas em todos os principais eixos de valorização das terras, um estranho movimento vem apavorando os produtores do Ramal da Castanheira, no KM 17 da BR-174, chegando a provocar tentativas criminosas de violação ao patrimônio particular e ao meio ambiente.

Um dos casos mais fortes terminou com registro de Boletim de Ocorrência –BO, no 20 Distrito Policial, localizado no Parque São Pedro, depois que um grupo depredou o inicio de uma construção do topógrafo Sebastião Pereira dos Santos, onde seria edificado o prédio para um supermercado, dentro do projeto de investimento que inclui a escavação de 17 tanques para criação de peixe, um hotel rural e criação de ovinos e avicultura.



O registro foi feito contra os incentivadores do movimento Francisco Cicero de Assis, Maria José Campos Duarte e Pedro Santana, que foram ouvidos pelo delegado, alegando inocência e se atribuindo a função social de  dirigentes da Associação dos Moradores do Ramal da Castanheira.

O topógrafo Sebastião Pereira dos Santos, que  tem investimento no km 3.5 do ramal há mais de 20 anos e agora está construindo moradia definitiva, afirmou que o grupo é useiro em provocar distúrbios sociais em vários outros ramais, citando que Francisco Cicero nem sequer tem uma casa no lote que invadiu, nunca participou da Associação da Castanheira antes da sua junção com a Associação do Águas Claras, que é uma comunidade estabelecida no ramal a partir do km 8.

“Ele hoje é o presidente numa eleição equivocada, com participação de pessoas de fora da comunidade, mas sem interesse de ajudar e colaborar com os moradores, pois não tem  moradia e nem produção na área, visando apenas desestabilizar os produtores e gerar intranqüilidade” explicou Sebastião Pereira dos Santos.

Assaltos
Na verdade, nos últimos 3 anos o Ramal das Castanheira passou a sofrer uma série de assaltos, furtos e até violência contra a mulher, com cenas de estupro e a Secretaria de Segurança Pública já foi alertada para realizar um cadastro de todos os moradores, em toda a extensão do Ramal, para identificar individualmente, considerando as moradias, os que possuem apenas lotes sem beneficiamento, os trabalhadores com os devidos registros e  as atividades de trabalho e renda.

Entre os casos mais graves de assaltos há o de uma residência no quilometro inicial do ramal que foi totalmente esvaziada quando a família estava ausente, o da igreja que teve a aparelhagem de som furtada, e até da Associação que ficou sem seus equipamentos. No mês passado uma jovem foi atacada em pleno ramal, com ferimentos e tentativa de estupro.

Direitos
O que os moradores do Ramal querem é a garantia da Secretaria de Segurança, tanto no que se refere à vigilância para coibir os assaltos, quanto no que tange aos sinais de invasão violando direitos e anulando a tranqüilidade de quem vive no local com projetos de crescimento econômico e desenvolvimento humano. “É preciso parar a onda de violência que tomou conta do ramal. É um perigo para o patrimônio e para vidas” apontou Sebastião Pereira dos Santos.

Projeto
A Associação dos Moradores da Castanheira existe há muitos anos, teve a sede construída, uma igreja devotada a São Sebastião, mas há 3 anos se unificou com a Associação da Comunidade Águas Claras, que é mais um aglomerado urbano do que um projeto agrícola, porém é onde existe uma demanda maior de serviços desde escola para crianças, posto de saúde, assistência social e saneamento.

Até mesmo no caso da construção da escola no Ramal, a primeira, o mais indicado é que a localização seja dentro ou próximo da Comunidade Águas Claras, a partir do Km 10, onde há a maior concentração de estudantes e não no km 3, como foi indicado para a SEMED pois vai continuar a dependência maior do transporte escolar, vinculado às condições do ramal.

Esta preocupação com as condições de trafegabilidade das vicinais foi que levou a Central Única das Comunidades –CUC, a enviar um oficio à Prefeitura, com o número O5053, solicitando a recuperação de rodos os ramais da BR, evitando o constrangimento de ônibus que não concluem o trajeto e, o que é pior, que colocam em risco a vida dos estudantes.

“Quando começar a chover o ramal volta a mostrar dificuldades e os alunos ficam muitos dias sem aula. Se a escola for dentro da comunidade, isso não voltará a acontecer” explicou Sebastião.

Invasão

Com relação aos indícios de invasão e depredação do patrimônio particular, o caso tornou-se uma questão policial e neste sentido está sendo observado, além de servir de uma avaliação mais profunda, por parte da Secretaria de Segurança sobre o cadastro dos freqüentadores . Uma das analises dos policiais será em consideração a possibilidade de, no Ramal da Castanheira ou em outros mais próximo, possam estar escondidos parte dos 62 fugitivos do IPAT, que ainda não foram recapturados do total de 176 que debandaram.

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