Alunos da
Escola Municipal Professor Paulo Graça, da Secretaria Municipal de Educação
(Semed), visitaram a exposição ‘Povos Indígenas no Brasil – 1980/2013’, na
manhã desta quarta-feira, 16. Promovida pela Embaixada da Noruega e pelo
Instituto Socioambiental (ISA), com o apoio da Prefeitura de Manaus, a
exposição ocorre no Complexo Turístico Ponta Negra (ao lado da pista de skate)
e vai até o dia 17 de agosto.
Os 38 alunos
do 6º ao 8º ano da escola conferiram fotografias feitas por fotojornalistas de
todo Brasil. Entre as imagens, estavam as do manauara Luiz Vasconcelos. Os
registros mostram momentos marcantes da luta indígena em busca da garantia de
seus direitos e vão de 1980 a 2013.
As
fotografias mostram desde a presença de lideranças indígenas em Brasília, em
1980, até as mobilizações de 2013. Passam pelo processo da Constituinte, pela
demarcação de terras, por conflitos de afirmação de identidades consideradas
extintas, pelos povos “isolados” e pelo uso das tecnologias digitais pelos
jovens das aldeias. A intenção dos organizadores é que as imagens sirvam de
referência para as narrativas dos seus protagonistas, assim como para o
aprendizado de novas gerações.
A professora
Maria Lúcia Simões acompanhou os alunos durante a exposição e destacou a
oportunidade que eles têm de buscar novos conhecimentos. “É muito importante
conhecermos as histórias dos povos indígenas no Brasil. É tão importante que
poderia ser trabalhada em sala de aula e na vida. É um conhecimento próprio que
abre um leque de saberes para os alunos”, relatou.
Atento às
explicações dos mediadores da exposição, o aluno João Victor Magalhães, do 7º
ano, informou que conseguiu extrair novos conhecimentos das fotografias. “Eu
aprendi o quanto os índios queriam ter os diretos deles respeitados”.
Bruna Flávia
Cunha, aluna do 6º ano, também gostou do que viu na exposição. “Achei legal
porque fala sobre os povos indígenas e a cultura da Amazônia, sobre o que os
nossos antepassados faziam. Foi muito legal e importante acompanhar a história
pelas imagens”, destacou.
Segundo o
mediador da exposição, Francis Madson, as imagens ficarão expostas 24 horas
para o público que quiser prestigiar. “A exposição conta uma parcela da história
do homem indígena no Brasil em várias perspectivas, mas em cunho muito
político, que é a resistência deles em relação às estruturas, os pensamentos
das políticas públicas para eles desenvolvidas pelo Estado. Esse confronto e
esse diálogo estão sendo representados nessa exposição, que é subsidiada e tem
uma relação direta com o governo da Noruega, que está há algum tempo com os
povos indígenas, pensando nessas estruturas para o bem dos indígenas. Vamos até
o dia 17 de agosto, de 8h até às 20h, com a presença dos mediadores, mas as
imagens são permanentes podendo ser visitadas 24 horas. É uma exposição
autossustentável, possuindo tetos solares para iluminar durante a noite”,
informou.
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