segunda-feira, 21 de julho de 2014

Alunos da Semed visitam exposição sobre Povos Indígenas na Ponta Negra

Alunos da Escola Municipal Professor Paulo Graça, da Secretaria Municipal de Educação (Semed), visitaram a exposição ‘Povos Indígenas no Brasil – 1980/2013’, na manhã desta quarta-feira, 16. Promovida pela Embaixada da Noruega e pelo Instituto Socioambiental (ISA), com o apoio da Prefeitura de Manaus, a exposição ocorre no Complexo Turístico Ponta Negra (ao lado da pista de skate) e vai até o dia 17 de agosto.

Os 38 alunos do 6º ao 8º ano da escola conferiram fotografias feitas por fotojornalistas de todo Brasil. Entre as imagens, estavam as do manauara Luiz Vasconcelos. Os registros mostram momentos marcantes da luta indígena em busca da garantia de seus direitos e vão de 1980 a 2013.

As fotografias mostram desde a presença de lideranças indígenas em Brasília, em 1980, até as mobilizações de 2013. Passam pelo processo da Constituinte, pela demarcação de terras, por conflitos de afirmação de identidades consideradas extintas, pelos povos “isolados” e pelo uso das tecnologias digitais pelos jovens das aldeias. A intenção dos organizadores é que as imagens sirvam de referência para as narrativas dos seus protagonistas, assim como para o aprendizado de novas gerações.

A professora Maria Lúcia Simões acompanhou os alunos durante a exposição e destacou a oportunidade que eles têm de buscar novos conhecimentos. “É muito importante conhecermos as histórias dos povos indígenas no Brasil. É tão importante que poderia ser trabalhada em sala de aula e na vida. É um conhecimento próprio que abre um leque de saberes para os alunos”, relatou.
Atento às explicações dos mediadores da exposição, o aluno João Victor Magalhães, do 7º ano, informou que conseguiu extrair novos conhecimentos das fotografias. “Eu aprendi o quanto os índios queriam ter os diretos deles respeitados”.

Bruna Flávia Cunha, aluna do 6º ano, também gostou do que viu na exposição. “Achei legal porque fala sobre os povos indígenas e a cultura da Amazônia, sobre o que os nossos antepassados faziam. Foi muito legal e importante acompanhar a história pelas imagens”, destacou.




Segundo o mediador da exposição, Francis Madson, as imagens ficarão expostas 24 horas para o público que quiser prestigiar. “A exposição conta uma parcela da história do homem indígena no Brasil em várias perspectivas, mas em cunho muito político, que é a resistência deles em relação às estruturas, os pensamentos das políticas públicas para eles desenvolvidas pelo Estado. Esse confronto e esse diálogo estão sendo representados nessa exposição, que é subsidiada e tem uma relação direta com o governo da Noruega, que está há algum tempo com os povos indígenas, pensando nessas estruturas para o bem dos indígenas. Vamos até o dia 17 de agosto, de 8h até às 20h, com a presença dos mediadores, mas as imagens são permanentes podendo ser visitadas 24 horas. É uma exposição autossustentável, possuindo tetos solares para iluminar durante a noite”, informou.


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