segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Golfinho das piscinas


O golfinho surge das águas misteriosas dos rios da Amazônia, cresce no ar, sorrindo com jeito de garoto sapeca e repete o gesto muitas e muitas vezes, como uma apresentação como carteira de identidade mágica.
É com esta marca de descontração e alegria que o professor Aluisio Silva mantém atentos e disciplinados os freqüentadores da Academia Golfinho, onde ministra aulas e orientações de acordo com as necessidades ou os desejos de cada pessoa. Estimado e querido por todos o professor consegue multiplicar os efeitos benéficos da água e mostra porque a Academia, de tantos e tantos anos servindo a comunidade, tem o nome de golfinho, símbolo da alegria dos rios.
Nem por acaso os seus amigos e discípulos promoveram uma festa surpresa esta semana, pelo seu aniversário, mostrando a gratidão e o reconhecimento pelo zelo e pela aplicação nas aulas e no relacionamento humano.
A equipe é constituída por Jones, Sandra, Cheirosa, Gilson, Fernando, Solange, Kellen, Margareth, Rosangela, a conhecida RÕ,Lea, Jouse, José, Isabel e Conceição. “Ele merece” foi a justificativa simplista e afetiva para a manifestação coletiva.

A festa da lua



A descida da ladeira da estrada do Cetur oferece atrações que até o mais desinibido notívago se surpreende: pois não é que, no primeiro quilometro desta estrada, no que seria um sitio de grandes proporções com uma piscina gigante ao redor, funciona uma usina de liberdade pessoal, na busca da diversão sadia, iluminada pelas estrelas e equilibrada pelo relógio da lua, que marca o horário da festa começar e acabar.
É o Luau do Liberadom, que já está na sua terceira edição, sempre inovando, apresentando atrações de alto nível e, em dois ambientes, oferecendo alternativas de diversão para todos os gostos. É uma casa da liberdade de expressão, da dança livre e sem compromissos com o convencional e, portanto, bem ao gosto de quem, na noite quer apenas divertir-se, ampliar o arco de amigos e buscar opções de alegria.
Dom Pazzuello é o inspirador de tudo e as novidades não param de aparecer: primeiro a festa começa às 18 horas, para quem deseja ver a lua nascer e só termina quando o sol chega para substituir sua irmã planetária. O local está preparado para receber duas mil pessoas, tem dois ambientes, apresenta cantores de todos os ritmos e ainda tem, como tira gosto adicional, um outro palco, com 8 DJs e o melhor da música de todos os tipos.
O ingresso custa R$ 20,00 e dá direito a duas entradas femininas, enquanto o local VIP custa R$ 40,00 e tanto as informações maiores quanto a reserva de ingressos e locais VIPS podem ser acessados pelos telefones 9126-6706 e 8139-0208

A universidade da alegria






No bairro onde o universo universitário faz a curva, na promoção humana pelo conhecimento, carimbando as expectativas com o titulo superior de ensino, uma nova casa, universidade da alegria, abre as portas, e promove, no ritmo da liberdade do ritmo, sem necessidade de vestibular, a batida uniforme da harmonia, sem perder de vistas o sentimento da responsabilidade futura.
Chegar no lugar é fácil, afinal a Casa tem o nome sugestivo de Pegadas Sertanejas no bom figurino universitário que deixa suas marcas na noite e recompõe o sentido plural do homem na busca da felicidade, estourando os níveis possíveis de adrenalina sem saturar os decibéis da música amena, acolhedora, emocional e reflexiva. A Casa foi aberta no bairro que é Parque das Laranjeiras e tornou-se o epicentro universitário, carimbando o tempo futuro com a certeza da qualidade que nasce do ímpeto do coração, na subida pelas cordas da alegria.
Junior Mesquita, engenheiro químico e Hans Filho, administrador, tiveram a idéia luminosa da nova casa e construindo o ambiente completo das Laranjeiras em flor, desabrochando as sementes da vida e os frutos da liberdade, colocando a alternativa da diversão sadia, do entretenimento necessário, no entendimento da busca permanente do homem por novos (e agradáveis ) momentos.
A Casa é organizada como uma empresa pois tem em Danielle Oliveira, a gerente da organização, planejamento e logística e Edu Guedes como cantor residente e domiciliado no pedaço, promovendo os shows da noite com cantores convidados, artistas com o gosto da cadencia na boca e com o sentimento da criação na alma.
O que é melhor são as condições especiais de participação da comunidade universitária ou não. Primeiro porque mulher, até 1 hora não paga, mas depois deste horário desembolsa R$ 10,00, enquanto a tabela masculina é de R$ 20,00 em qualquer hora da noite ou madrugada a dentro.
Como atração especial ainda tem o Vilson do Chapéu, o folclórico vendedor, que evoca a poesia em cada palavra, destila a alegria no jeito típico de ser e envolve os participantes no sentido exato da casa: o sertanejo clássico com estilo universitário, fechando o ciclo local, com a geografia do conhecimento revestido da alegria e da descontração, que ninguém é de ferro.
Nem por acaso os formados Junior Mesquita e Hans Filho, tem outras atividades, destacando-se pelo espírito pioneiro e ousado, uma loja de venda de carro, a Jovem Car onde, junto com bons negócios, oferecem a simpatia e a alegria de quem imagina que é possível construir a felicidade.

A 'utopia' de Francisco Souza que virou realidade


Utopia e loucura foram algumas das palavras mais usadas para descrever o sonho de construir a ponte sobre o Rio Negro, que teve como principal apoiador e idealizador, o deputado estadual Francisco Souza (PSC). Ele foi o primeiro político do Amazonas que publicamente apoiou o projeto em 2003 e agora tem a grande emoção de ver o sonho realizado.
Ao longo dos últimos oito anos, Souza liderou grandes movimentos em defesa da ponte como o abaixo-assinado que coletou 120 mil assinaturas. Cada nome ali assinado, agora faz parte da história do Amazonas e do País. “Sei que muitas pessoas assinaram o abaixo-assinado por assinar, não acreditando que realmente esse sonho daria certo”, afirmou Souza.
O sonho de construir a ponte começou a surgir nas reuniões feitas pelos membros do Conselho de Cidadãos de Iranduba, criado pelo atual prefeito Raymundo Nonato Lopes, na tentativa de resolver os problemas da travessia Manaus-Iranduba.
A causa foi abraçada, politicamente, pelo deputado Francisco Souza, que estava no seu segundo mandato como parlamentar. “É como ver nascer um filho gerado desde aquela época, quando todos falavam que era uma grande loucura”, disse.
Francisco Souza lembra que ao longo desses oito anos, recebeu muitas mensagens negativas para desistir das mobilizações. “Algumas vezes cheguei a chorar de tristeza por receber tantas palavras negativas. Analisando toda essa trajetória, sei que essa luta vai ficar marcada em toda minha vida, porque os projetos nascem, primeiramente, dos sonhos”, afirmou.
Publicamente, foi no dia 18 de junho de 2003, durante uma audiência pública requerida pelo parlamentar, que se ouviu falar pela primeira vez, da necessidade de se construir uma ponte ligando Manaus a Iranduba.
Durante a audiência, Souza ressaltou que a ponte seria a única maneira de resolver os problemas enfretando pelas pessoas que precisavam atravessar, diariamente, utilizando as balsas.
Alguns deputados e participantes da audiência foram imediatamente contrários, afirmando que a construção da obra era uma loucura. O assunto também era motivo de risos para muitas pessoas que não acreditavam. “O que era motivo de risos naquela época, agora vemos se tornar realidade”, disse.
Toda essa história de luta do deputado está registrada nos jornais de Manaus. Em 2005, um jornal local publicava: “Francisco Souza insiste num sonho: a construção de uma ponte sobre o Rio Negro”. Um outro periódico informava: “Loucura ou realidade: construção da ponte sobre o Rio Negro ganha força política”.
Naquele mesmo ano, no dia 5 de dezembro, o governo do Estado surpreendeu a todos, quando a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf), apresentou seis estudos de viabilidade da ponte, um indicativo real que a obra iria sair do papel.
Um ano depois, no dia 24 de dezembro de 2006, o Amazonas recebeu um grande presente de natal, de acordo com o parlamentar, quando o ex-governador do Amazonas, Eduardo Braga, anunciou em uma emissora de rádio que a ponte seria construída no seu novo governo. “Ali naquele momento, acreditamos que nossa luta estava valendo a pena”, informou.

Inauguração
O dia 24 de outubro deste ano ficará marcado na história do Amazonas e na vida política de Francisco Souza que poderá ter a oportunidade de realizar um sonho gerado em seu “ventre político”. “Estou me preparando emocionalmente para esse dia. Confesso que não sei avaliar o tamanho da minha emoção”, disse.

Travessia da Saudade na despedida


O Governo do Amazonas, através da Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Amazonas (SNPH), definiu a nova estrutura de funcionamento dos Portos da Ceasa e do São Raimundo com a inauguração da Ponte Rio Negro, no dia 24 de outubro. A travessia Manaus–Iranduba por balsa será desativada e a Estação Hidroviária do São Raimundo passa a funcionar como porto de transbordo de cargas e passageiros. Com isso, a SNPH transfere parte da estrutura do local, que conta com seis balsas e 80 funcionários, para o Porto da Ceasa, assumindo a travessia para o Careiro da Várzea, e cria o serviço de travessia por balsa entre os municípios de Nova Olinda do Norte e Autazes.
As mudanças seguem diretriz do governador Omar Aziz e têm como meta melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população. As balsas que fazem a travessia Manaus–Iranduba vão operar normalmente até a noite do dia 24 de outubro. A partir da manhã do dia 25 de outubro, quando a Ponte Rio Negro será liberada para o tráfego de veículos, o serviço não estará mais disponível. Das seis balsas de propriedade do Governo Estadual operando no São Raimundo, cinco serão transferidas para a Ceasa e uma para o porto de Nova Olinda do Norte.
A partir do dia 30 de outubro, a SNPH assume a travessia no Porto da Ceasa substituindo as duas empresas que atualmente respondem pelo serviço. Segundo estimativa da SNPH, em média 20 mil pessoas utilizam as balsas particulares para fazer a travessia Manaus–Careiro da Várzea, todos os meses.
Até dezembro deste ano, todas as seis balsas de propriedade do Governo Estadual serão reformadas. Durante esse período, a travessia na Ceasa será feita com quatro balsas, que vão operar em revezamento até que todas tenham sido reformadas. De acordo com o diretor-presidente da SNPH, coronel Luiz Gonzaga, o custo médio para a revitalização de cada balsa é de R$ 1,6 milhão e os recursos já estão garantidos pelo Governo do Estado, com pedido de licitação já encaminhado à Comissão Geral de Licitação (CGL).
Para operar com o novo quantitativo de balsas, o Porto da Ceasa vai receber os dois cavaletes de atracação que eram utilizados na travessia do São Raimundo. Em fevereiro de 2010, o Governo do Estado entregou o terminal da Ceasa após obras de reforma e ampliação. Outros dois cavaletes serão colocados no porto do Careiro da Várzea, em fase de construção pelo Governo Estadual. As obras estão com mais de 30% do percentual físico pronto e se encontram na fase de retirada de material inservível e terraplanagem do terreno. A previsão é de que a obra seja entregue em janeiro de 2012, conforme a Secretaria de Estado de Infraestrutura do Amazonas (Seinfra).
Outra novidade é que a SNPH vai ampliar em cinco horas o tempo de funcionamento das balsas na travessia Manaus–Careiro da Várzea, além de implantar um controle mais rigoroso dos horários de chegada e saída das embarcações. Com isso, a população poderá utilizar o serviço de travessia intermunicipal no Porto da Ceasa das 4h até a meia noite.

Travessia Nova
Olinda-Autazes
Compromisso de campanha do governador Omar Aziz, a travessia por balsa entre os municípios de Nova Olinda do Norte e Autazes será implantada a partir de janeiro de 2012, quando todas as seis balsas de propriedade do Governo terão suas reformas concluídas. Atualmente, apenas embarcações tipo recreio e lanchas ancoram nos portos. Com o novo serviço, a expectativa é facilitar o escoamento da produção agrícola, dinamizando a economia dos municípios, além de melhorar os meios para o trânsito da população.

Travessia da Saudade
Os aquaviários que trabalham na operação das balsas da travessia Manaus–Iranduba, entre servidores públicos e privados, estão preparando um ato de despedida para marcar o fim do serviço, que será desativado pela Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Amazonas (SNPH) a partir do dia 25 de outubro com a inauguração da Ponte Rio Negro.
Segundo o diretor-presidente da SNPH, coronel Luiz Gonzaga, a travessia da saudade deve reunir os mais de 80 aquaviários que trabalham com as balsas, além da participação de familiares e amigos. A última travessia ocorrerá no dia 25 de outubro, às 18h, com saída de Manaus. As dez balsas que operam no Porto do São Raimundo, seis de propriedade do Governo Estadual e quatro pertencentes a empresas privadas, sairão em comboio percorrendo o trajeto até Iranduba e depois retornando a Manaus.
Durante 35 anos, a travessia de balsa no Porto do São Raimundo foi a única alternativa para o escoamento da produção do setor primário, o trânsito de mercadorias e o deslocamento da população entre Manaus e os municípios da margem direita do Rio Negro. Por mês cerca de 100 mil pessoas fazem a travessia, conforme estimativa da SNPH.

Reestruturação do
Porto do São Raimundo
O terminal hidroviário do São Raimundo começa a operar na modalidade de transbordo de cargas e passageiros em novembro deste ano. Inicialmente, o porto vai receber as embarcações que atualmente atracam em uma área irregular que funciona em baixo da ponte que liga o bairro São Raimundo ao Centro de Manaus. São cerca de 50 barcos que navegam, por semana, pela calha do Rio Negro transportando gêneros alimentícios, produtos agrícolas e diversas mercadorias.
O Porto do São Raimundo possui um flutuante para receber as embarcações, mas o projeto do Governo do Estado é aumentar a capacidade atual de atracação e dotar o local de infraestrutura de embarque e desembarque semelhante à existente no Porto de Manaus, no Centro. Para isso, a SNPH apresentou ao Ministério dos Transportes um projeto para a construção de um flutuante com berços, com capacidade de atracação de 50 barcos por vez.
No valor total de R$ 8 milhões, o projeto já passou por análise operacional do Ministério, mas ainda está em fase de tramitação para aprovação. “A construção do flutuante, após todas as licitações realizadas, é rápida. Os estaleiros levam em média 90 dias para entregar a estrutura do flutuante pronta para uso”, informou o diretor-presidente da SNPH, coronel Luiz Gonzaga.
O Governo do Estado incluiu a área em baixo da ponte do São Raimundo, onde está localizado o porto clandestino, na terceira fase do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim). A previsão de investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é da ordem de US$ 280 milhões, com contrapartida de US$ 120 milhões do Governo Estadual na nova fase do programa. Estão previstos o reassentamento de 1.545 famílias e obras nos bairros de São Raimundo, Glória, Aparecida, Presidente Vargas, e Centro (Bairro do Céu).
As obras iniciam pela margem esquerda do São Raimundo devido a facilidade de logística de proximidade da área central da cidade. “Essa parte do Prosamim será a mais bonita, pois vai recuperar as áreas degradadas na orla do Rio Negro e devolver a beleza natural à frente da cidade”, destacou Omar Aziz. Com a recuperação, segundo ele, será possível devolver às praias ao bairro de São Raimundo, construir prédios de apartamentos para os moradores, parques e áreas de lazer.

Iranduba na Compensa

O Governo do Amazonas definiu a estrutura de funcionamento do transporte coletivo de passageiros entre Manaus e Iranduba após a inauguração da Ponte Rio Negro. A partir do dia 25 de outubro, quando a ponte será liberada para o tráfego de veículos, os ônibus urbanos de Iranduba (a 27 quilômetros da capital) terão sua rota estendida até o início da avenida Coronel Cyrillo Neves (antiga Estrada da Estanave), no bairro Compensa II, zona oeste de Manaus, onde haverá ponto de embarque e desembarque de pessoas, que estará interligado ao transporte coletivo da cidade.
Os principais pontos da integração metropolitana do transporte coletivo foram definidos pelo governador Omar Aziz, nesta segunda-feira (17), em reunião na sede do Governo, no bairro Compensa II, com o vice-governador, José Melo, o diretor da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Amazonas (Arsam), Fábio Alho, e o secretário Municipal de Transporte Urbano de Manaus, Marcos Cavalcante.
Com a integração, a população da Região Metropolitana de Manaus (RMM) terá uma nova alternativa para a locomoção intermunicipal, além da travessia por lancha no porto do São Raimundo, que continuará em funcionamento sem alterações após a inauguração da ponte Rio Negro. “O transporte rodoviário intermunicipal, aquele em que o passageiro faz o percurso da rodoviária de um município para a de outro, seguirá normalmente sem sofrer alterações”, explicou o presidente da Arsam.
Em Iranduba, o transporte urbano é feito por duas empresas privadas que operam com um total de vinte ônibus. Eles percorrem trechos urbanos e rurais do município e cobram uma tarifa de R$ 3,50. A rota das linhas dentro do município não será alterada. A única mudança será a expansão do itinerário até a cabeceira da ponte, em Manaus. “O ponto exato onde vamos instalar a parada de embarque e desembarque de passageiros, em Manaus, será delimitado amanhã (terça-feira), após visita ao local. Os ônibus do transporte urbano de Iranduba vão trazer as pessoas para Manaus e levá-las para Iranduba”, afirmou Fábio Alho.
Em Manaus, os passageiros que vierem de Iranduba no transporte coletivo urbano e quiserem se deslocar para outros pontos da cidade terão que pagar a tarifa do sistema na capital, que atualmente é de R$ 2,25. A Secretaria Municipal de Transportes Urbanos de Manaus (SMTU) ainda estuda quais linhas de ônibus terão as rotas adaptadas para atender à população na cabeceira da Ponte Rio Negro.
quarta-feira (19), o convênio para oficializar a integração do transporte coletivo. Fábio Alho reforça que não será permitida a travessia por mototaxi e taxi lotação através da ponte, conforme proíbe o Código Nacional de Trânsito.

Conversa ao pé do ouvido

Além de encurtar as distâncias entre os municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM), a Ponte Rio Negro, que inaugura na próxima segunda-feira, dia 24 de outubro, data do aniversário da cidade, vai levar internet banda larga mais veloz para o outro lado do rio. O Governo do Estado, por meio da empresa Processamento de Dados Amazonas S/A (Prodam), está instalando cerca de 9 quilômetros de cabos de fibra ótica, da sede do Governo, na avenida Brasil, Compensa, até a cabeceira da Ponte, no lado de Iranduba.
Entusiasta do processo, o governador Omar Aziz ressalta que a rede de fibra ótica vai garantir a transmissão de dados e de imagem em velocidade de Gigabites por segundos, uma nova realidade para aquela região, hoje atendida por internet via satélite e de baixa qualidade. “A Região Metropolitana precisa ter cobertura de internet adequada à sua realidade. As perspectivas de desenvolvimento que se abrem a partir da inauguração da ponte são enormes. Teremos expansão industrial, comercial e residencial para aquela área”, explica, ao destacar, também, seu plano de construir em Iranduba a Cidade Universitária, que vai integrar todas as unidades da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
O diretor presidente da Prodam, Tiago Paiva, ressalta a importância da iniciativa, que permitirá a interligação de órgãos públicos de Iranduba, Manacapuru, Novo Airão, entre outros municípios da RMM, à Rede Metropolitana de Comunicação de Dados de Manaus (MetroMao), o sistema de cabeamento de fibra ótica de transmissão de dados do Governo do Amazonas.
De acordo com o secretário da Região Metropolitana, René Levy Aguiar, a ligação dos municípios da RMM por uma rede de fibra ótica confiável e de alta velocidade vai garantir a interação permanente e constante entre eles, projeto que vem sendo chamado de conurbação virtual. O projeto vai além dos órgãos públicos e poderá integrar empresas de comunicação que atuam no Estado e que têm interesse em estender seu alcance e melhorar a atuação nos municípios.

Monitoramento
por câmera
Ao mesmo tempo em que instala os cabos de fibra ótica, a Prodam está implantando, ao longo da ponte, dez câmeras que vão permitir o monitoramento de toda a movimentação na área, além de um sistema informatizado para integrar os órgãos do Centro de Controle de Operações. “Estamos trabalhando, hoje, para fazer a integração tecnológica entre o software de monitoramento e os sistemas estaduais de trânsito e segurança. A previsão é de que, já na inauguração da ponte, essa estrutura esteja toda montada”, afirma Tiago Paiva.
Quatro das dez câmeras instaladas na ponte terão a função de fazer a leitura de placas, modelo e cor dos veículos, o que vai possibilitar ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM) cruzar os dados colhidos com o Sistema de Controle de Veículos (CVMT) do Estado do Amazonas. Paiva acrescenta que estas câmeras ficarão estrategicamente posicionadas nas cabeceiras da ponte, em Iranduba e Manaus. As outras seis câmeras terão o software integrado ao sistema de monitoramento do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).
Sob a coordenação do Detran-AM, a base do Centro de Controle de Operações vai funcionar no local onde estava instalado o canteiro de obras da ponte. Neste espaço, a Prodam instalará também um link de internet integrado com a rede MetroMao, que vai permitir maior velocidade no tráfego dos dados entre o Centro de Controle de Operações e outros órgãos do Governo do Estado.
Além do Detran-AM, irão também atuar na base de operações a Defesa Civil do Estado, Polícia Militar, Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam), Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) e outros.

Um presente para o futuro


A Ponte sobre o Rio Negro terá um comprimento total de 3.505 metros, incluindo aí as rampas de acesso nos pontos de chegada e saída em Manaus e em Iranduba. Em termos de vãos, serão 73 vãos, sendo que estes vãos terão – em sua grande maioria, uma extensão 45 metros entre cada pilar.
A extensão do trecho estaiado – onde estarão afixados os canos de sustentação, chamados estais, será de 400 metros. Ainda nesse trecho estarão os dois maiores vãos da ponte, em sua parte central, com 200 metros de comprimento, sendo um de cada lado da torre central, em formato de diamante, que terá exatos 182 metros de altura.
A largura total da ponte será de 20,70 metros, o que disponibilizará quatro faixas de tráfego – duas de cada pistas, além de passeio para pedestres em ambos os lados da pista. No trecho estaiado, a largura será um pouco menor, da ordem de 20,60 metros, por conta da colocação dos estais, dos cabos de fixação e apoio nesse trecho.
A altura do vão central será de 55 metros, contados do tabuleiro da ponte até o bloco do pilar maior na cota 30, ou seja, na maior enchente do rio. Na vazante, esse número aumenta. O secretário de Infra-Estrutura, Marco Aurélio de Mendonça, disse, exemplificando, que “na hipótese de que o rio tenha uma vazante de 10 metros, esse número subirá para 65 metros”. Esse número permite que transatlânticos, que navios de grande porte possam passar por sob a ponte e chegar até o arquipélago das Anavilhanas ou outro destino qualquer, sem nenhuma preocupação. Essa cota poderia ser bem menor, reduzindo consideravelmente o custo da obra, mas por determinação do Governo do Estado essa cota foi mantida para garantir total segurança e tranqüilidade para a navegação a montante da ponte, ou seja, em direção às cabeceiras do rio.
Voltando a falar da torre central, seu formato em diamante será o primeiro a ser construído no Brasil, com uma altura de 182 metros, o que equivale a um prédio de 60 andares. “Uma pessoa que se posicionasse no ponto mais alto desse pilar, teria uma visão bem abrangente do cenário local, talvez até do arquipélago das Anavilhanas de um lado, e do Encontro das Águas a jusante”, explicou o secretário.
Esse vão central – com 400 metros de extensão, terá o apoio de 104 estatais, que são os cabos de sustentação. Aponte toda terá 426 vigas pré-moldadas. Os locais de acesso, de um lado e outro, aqui em Manaus e no Iranduba, foram escolhidos a permitir uma inclinação mínima da rampa, que ficará em 3,01% - no máximo, o que permitirá o tráfego de carros e cargas de qualquer porte, como por exemplo de tijolos, sem os problemas verificados atualmente quando do desembarque das balsas, cuja inclinação não é a ideal para esse tipo de carga.