Dauro Braga
Dia desses
um noticiário televisivo dava contas de que um fazendeiro havia sido autuado pelo IBAMA por ter derrubado algumas
árvores em sua propriedade com o
propósito único de aumentar a sua área destinada ao plantio de soja, devendo
pagar uma multa milionária por essa infração. Segundo a reportagem, o
desavisado produtor rural estava ainda, sendo processado por crime contra o
meio ambiente e poderia ser recolhido a prisão , sem direito a fiança. O
repórter que fez a matéria ,demonstrava na telinha toda a sua indignação com o
incauto latifundiário, pois segundo ele, o crime ambiental cometido pelo
ruralista era de uma monstruosidade incalculável. Fico imaginando o tamanho
dos aborrecimentos e o enorme prejuízo
financeiro que esse homem terá de arcar , sem falar na perda da liberdade, pois
crime ambiental é inafiançável. No Brasil, matar, roubar e estuprar são crimes de somenos importância do que derrubar
uma árvore. Dá forma como estão indo as coisas, logo mais, vai se matar mais
gente do que derrubar árvore . Louvamos o culto a preservação do meio ambiente,
mas repugnamos o histerismo como alguns tratam o assunto. Ainda bem que a
estátua do Cristo Redentor, hoje considerada uma das maravilhas do mundo e
patrimônio da humanidade, quando foi construída ainda não existia o IBAMA, pois
se já existisse, ela jamais seria construída. Na continuação do noticiário pude
perceber um fato que me causou estranheza. O mesmo repórter informava de forma
normal que, um grupo do MST havia invadido aquela propriedade, derrubado várias
árvores e queimado-as, além de destruírem inúmeras benfeitorias existentes ali,
e que agora, estavam de posse das terras ,aguardando as autoridades
providenciarem a desapropriação das mesmas.
Não percebi qualquer descontentamento ou repulsa do repórter, quanto ao
ato criminoso praticado pelos meliantes invasores.
Estou
convicto que, tanto o proprietário quanto os invasores, cometeram crimes de
igual tamanho, portanto, ambos estão sujeitos as mesmas penalidades
previstas nas leis ambientais. Como a
maioria das leis brasileiras são subjetivas, e o país vive uma democracia
populista/ esquerdista/anarquista , não é difícil adivinhar onde a corda vai
quebrar e quem vai pagar a conta.
O que deve
ser levado para o terreno das reflexões, é que, o produtor rural legítimo dono
das terras, cometeu um crime ambiental com o propósito de abrir mais frentes de
trabalho, oferecer mais empregos, produzir mais alimentos e pagar mais impostos
que serão consumidos com o pagamento de salários milionários a uma casta
privilegiada, enquanto isso, o grupo de invasores que cometeu uma sucessão de
crimes sem qualquer propósito justificável, escarneia das leis e zomba da
justiça . Esse fato, me faz lembrar a
história do caboclo que foi condenado e
recolhido a penitenciária por ter
pescado um lambari para saciar a fome de sua família, buscando o alimento na natureza que Deus lhe deu, ao invés de
pegá-lo gratuitamente nas bolsas que o
governo oferece para quem não quer trabalhar, más está sempre disposto à bater palmas para ele. Quanto aos
invasores, cuja maioria é constituída de baderneiros
preguiçosos que não querem terras cruas para cultivarem e produzirem , mas sim, propriedades produtivas e bem
estruturadas, onde existam casas com piscinas e churrasqueiras que lhes permitam fazer festanças regadas ao
bom scoth que eles também não compraram porque simplesmente não trabalham,
continuam a sua marcha de invasões a propriedades privadas e prédios públicos,
não respeitando a lei e nem temendo a autoridade constituída. Esses vândalos
que se dizem os excluídos e injustiçados da pátria, para não dizer os avessos
ao trabalho, desfraldando bandeiras vermelhas em vez do pavilhão nacional,
tomaram de assalto essa propriedade produtiva, tendo em seu ato truculento
infrigido vários dispositivos constitucionais sem receio de eventuais punições
como são merecedores, provavelmente, porque o governo é
conivente com essa situação ou porque
teme represálias e perda de votos.
Precisamos
nos conscientizar que, todos nós, sem distinção de cor, credo ou função,
devamos ser, ″escravos da Lei,
para que possamos ser livres″ (Sêneca), sob pena de perdermos o nosso maior
patrimônio, ″ a liberdade″.
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