HERANÇA DO
DESTINO
O presidente
da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador
Professor Samuel (PPS), afirmou hoje que o problema nos aluguéis de prédios
para o funcionamento de salas de aula vem de administrações anteriores e não é
possível sanar essa deficiência em menos de um ano de gestão.
Atualmente,
quase 30% das salas de aulas do ensino público municipal funcionam em edifícios
alugados pela prefeitura. A informação do vereador foi repassada a líderes
estudantis que visitaram hoje a Câmara de Manaus para pedir a instalação de uma
Comissão Parlamentar de Inquéritos (CPI) voltada a investigar supostas
irregularidades no processo de aluguel desses prédios.
“Sabemos que
hoje a Secretaria Municipal de Educação (Semed) aluga cerca de 150 prédios onde
funcionam escolas do município e que o custo é alto. Porém, o prefeito Artur
Neto já se comprometeu em acabar com este vício que é uma herança das gestões
anteriores, mas nada é feito em um ‘estalar de dedos’. Essa questão será
tratada de forma gradativa”, afirmou Samuel.
Ele disse
ainda que a locação de prédios é a alternativa encontrada para o acesso
da educação fundamental em muitos bairros. “Várias comunidades e bairros se
formaram através de processos de invasão, sem planejamento para a instalação
de escolas ou postos médicos. E o aluguel de prédios é a solução para que as
crianças e jovens dessas regiões não tenham que se deslocar para outros bairros
para ter acesso a educação”, destacou.
Para o
presidente da União Estadual de Estudantes (UNE) Caetano Junior, não existe
política pública sem a participação da sociedade. “Hoje estamos aqui por que
esta é a Casa da População e se tem dinheiro público envolvido na denúncia dos
aluguéis dos prédios das escolas municipais tem que haver uma CPI”, defendeu.
O vereador
que é vice-presidente da Comissão de Educação da CMM, lembrou ainda que a
Prefeitura Municipal pediu do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) 200 milhões de dólares para, entre outras ações, construir escolas a fim
de acabar com aulas em prédios alugados.
“A Comissão
de Educação já está analisando o caso. Enviamos à Semed um requerimento pedindo
explicações quanto ao aluguel de cada uma dessas 150 escolas. Os vereadores não
estão alheios ao que está acontecendo e nem somos contrários às reivindicações
das lideranças estudantis. Mas iremos, sim, de forma transparente conduzir esse
processo com transparência e responsabilidade”, disse o vereador.
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