quinta-feira, 26 de março de 2015

Deputados alertam para risco de que a Prefeitura de Coari seja “saqueada”

“A decisão cautelar que suspendeu a posse do segundo colocado na prefeitura de Coari, o empresário Raimundo Magalhães (PRB), vai permitir que a quadrilha comandada pelo atual prefeito do município, Iranilson Medeiros (DEM), possa fazer o último saque de R$ 4 milhões (royalties) do cofre da prefeitura”. Esta é opinião do deputado Abdala Fraxe (PTN) que junto com o deputado Luiz Castro (PPS), o candidato Raimundo Magalhães e a advogada Maria Benigno, convocou uma entrevista coletiva na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na tarde desta quarta-feira (25), com o objetivo de expressar o descontentamento com a decisão tomada pelo juiz eleitoral Délcio Santos.

Chamando a liminar de decisão “esdrúxula”, o deputado Luiz Castro confirmou que o prefeito Iranilson nomeou em cargos da prefeitura, parentes do ex-prefeito Adail Pinheiro. “A impressão que se tem é que ele é um fantoche nas mãos de Adail. Nós tememos que essa insegurança jurídica prejudique ainda mais o povo sofredor daquele município que é o segundo mais rico do Amazonas em recursos, mas o mais pobre em termos de ética na política”, afirmou.


Ao falar da parte jurídica, a advogada Maria Benigno disse que o juiz Délcio se baseou numa remota e improvável anulação do pleito de 2012. Não existe respaldo jurídico para se fazer uma nova eleição. Mesmo assim, ele teve esse entendimento, na minha opinião, equivocado. Estamos estudando o que fazer para reverter a situação”, salientou. A advogada confirmou ainda que o juiz deverá colocar a liminar em votação, no dia 6 de abril, para que o Pleno do TRE  tome a decisão sobre a questão.


Ao falar sobre o caso, o empresário Raimundo Magalhães disse que, na terça-feira (24), viveu dois momentos distintos. Um de alegria e outro de decepção. Mesmo assim confia na Justiça e espera que em breve vá governar o município de Coari. “Quero governar para o povo. Não terei parentes na minha administração”, garantiu.

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