Pagar com o peso do próprio nome foi o preço cobrado ao time
Contestação por inscrever como candidata ao concurso de Musa, no terceiro campeonato
de futebol dos advogados a bela jovem Joicimara Nascimento que, na escolha dos
jurados por critérios selecionados, foi
projetada em primeiro lugar.
No entanto aqui começa o imbróglio de dar água na boca aos
advogados, juristas e estudiosos da ciência da aplicação das leis: a jovem é
estudante de educação física e, mesmo trabalhando em um escritório de advocacia
local, segundo os requisitos do concurso, não faz parte do “mundo jurídico”, o
que significa dizer, trocado em miúdos, que está fora, sobrando a vaga para o
segundo lugar e abrindo a sequencia de remédios jurídicos para evitar sequelas futuras na jurisprudência
pois advogado que se preza não perde a oportunidade de achar uma brecha para
inserir um argumento na fertilidade de argumentos acadêmicos.
Mas outro contexto para ampla discussão se abre: o segundo
lugar foi preenchido por duas candidatas, possibilitando uma decisão esdrúxula
que só não vai para os tribunais superiores porque no caso só existe um, este
presidido pelo advogado e juiz Luiz Alberto e composto por mais 4 integrantes,
responsáveis por todas as decisões, seja dos pernas de pau dos times, sejam das
pernas torneadas das candidatas a Musa.
E se obrigação não fosse da Comissão julgar este primeiro
entrave, justo no quesito beleza, imagine se o time interessado não iria, com o
nome de Contestação que leva no peito, brigar até as últimas instâncias para
manter o titulo de sua Musa e ao mesmo tempo, o premio de uma passagem com
acompanhante para os Estados Unidos?
No humor que permeia o campeonato, entre os componentes das
equipes, já se fala até que, nas causas consideradas perdidas, ainda vale
tentar chamar os advogados do Fluminense
ou do ex-prefeito Adail Pinheiro porque “na vida e no futebol, a esperança é a
última que morre e, nem por acaso, como remédio jurídico existem o recurso
ordinário e até o recurso extraordinário.
Um fato a ser registrado e elogiado é que, em nenhum momento
do ápice da escolha e da (des)escolha não houve reação física, tomada da coroa
(até porque não havia coroa à vista) e nem mal estar, mantendo o elevado nível
de harmonia e de interação entre todos os componentes das equipes, perpassando
este sentimento para as candidatas, todas ou advogadas ou estudantes de
advocacia já atuando no meio jurídico em causas no Tribunal de Justiça ou em
entidades participes do processo jurídico.
O próprio coordenador do campeonato Messias Sampaio define o
certame como mais um elo na afirmação do companheirismo e na valorização da
classe diante de suas responsabilidades com o destino das pessoas,
reaproximando os entes que até pouco tempo eram colegas dos bancos escolares ou
das faculdades, mas que não abriram mão dos anseios, dos sonhos e dos direitos
de buscar a felicidade, composta por pedaços de conquistas individuais.
No futebol convencional o chamado tapetão é o palavrão para
indicar soluções nas dúvidas de direitos, mas neste campeonato transborda num debate de exercício jurídico,
onde o próprio advogado pode ser o réu, defendido ou acusado por um colega do
mesmo escritório, esquecendo a emoção dos lances com a bola para impetrar
apenas a razão no relance do idioma latino, devidamente polido para o espaço sagrado do Tribunal,
substituindo o palavrão, linguajar universal do fundo de quintal ou da grandeza
dos estádios oficiais que, minutos antes, acusado, defensor e réu, esgrimavam
com igual pericia.
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