quarta-feira, 15 de agosto de 2012


Manacapuru se agita com as Cirandas em movimento
Os sonhos na danças das paixões
 
Como o grito de guerra iniciando a grande festa folclórica de Manacapuru, as Cirandas – Flor Matizada, Guerreiros Muras e Tradicional – realizam neste sábado, dia 11 de agosto, o ensaio geral para o espetáculo do ano, que deverá ter, em função da Ponte Rio Negro, a maior densidade de visitantes de todos os tempos, numa festa do interior, superando em muito até mesmo o Festival de Parintins.
E as Cirandas, conhecendo o momento especial da cultura do município, estão caprichando como nunca tanto no enredo, como na plástica, vestimentas, alegorias e danças para conquistar o pedaço mais importante da manifestação popular do Amazonas, que são as raízes nascidas da história do povo e reveladas pelas movimentações na Arena.
Pela primeira vez há expetativas iguais na conquista do titulo de melhor Ciranda de Manacapuru, tal a garra, o empenho e a dedicação mostrada pelo conjunto de participantes, desde dirigentes, brincantes, artistas e operários dos galpões.
A arte, que já é manifestada na dança. Tem seu ponto alto nas alegorias que representam a criação de artistas e o zelo de profissionais na armação, montagem e produção final, o que dá o sentido e a harmonia de uma Ciranda na contagem da história no Parque do Ingá.
O Cirambaço – nome popular do ensaio geral, onde todas as Cirandas estarão presentes, na mesma noite, exercitando as novidades que serão apresentadas no dia da competição, tem este ano o gosto de uma obsessão de todos pelo titulo que ficará na história de um novo momento do município de Manacapuru.
Os possíveis segredos, que podem representar revelações capazes de garantir o titulo, serão reservados estrategicamente pelas direções das Cirandas que não querem “entregar o ouro ao bandido” e nem mostrar que “o que é bom está guardada”.
Neste Festival de Cirandas, mais do que nunca, eclode o orgulho dos participantes na realização da festa e, mais do que isso, na defesa de suas cores, de sua bandeira e de seus valores, para fazer explodir a alegria retida e incontida e despertar o olhar do mundo para o município de Manacapuru e para a grande festa.
“A Ciranda e um estado de espirito e alcança os limites da alma humana no desejo infinito de mostrar que é possível criar a própria história com as asas da imaginação e com a capacidade artística de escrever com a arte e com a expressão corporal” explicou  Alexandre, o apaixonado presidente da Flor Matizada.
O folclórico pela própria natureza e queridíssimo no mundo da Ciranda, Papão, vice presidente da Tradicional, busca uma explicação na magia do homem na luta pela sobrevivência e sua imensa força na vitória do cotidiano.
“Pode ser um juteiro com os pés na água cortando a fibra, pode ser o pescador com as pernas encolhidas na canoa esperando a rede estufar de peixe, pode ser o mototaxista que recolhe sua vida em moedas levando esperanças na garupa ou pode ser o pecuarista que toca a boiada na direção do infinito, porém todos tem a chama aquecendo suas origens e o fervor das lembranças do passado construído com lutas e sacrifício, que valem como passaporte para o futuro.” Garantiu.

Segurança na cidade





O maior contingente policial, de bombeiros e de organização do transito de todos os tempos está sendo organizado para garantir a paz e a tranquilidade nos 3 dias de festa do Festival da Ciranda de Manacapuru, que deverá ter, este ano, um público recorde, devido a facilidade de locomoção, por carro ou ônibus, na distancia de apenas 85 quilômetros de Manaus.
Também estarão reforçando a segurança para a criança e adolescente, equipes especiais, tanto de repressão como de prevenção, evitando que ocorram danos maiores devido à quantidade de pessoas circulando no município, em clima de festa, o que leva a euforia e a prejuízos relacionados no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Uma grande reunião, comandada pelo Governo do Estado, estabeleceu um sistema integrado de ações para os 3 dias, a exemplo do que ocorreu no Festival de Parintins, esperando-se um saldo positivo.

Perigo na estrada
As condições de trafegabilidade da estrada Manuel Urbano, que liga Manaus a Manacapuru, num total de 85 quilômetros, está em péssimas condições, segundo informações dos motoristas que costumam utilizar a via todos os dias.
Alem da diminuição do tempo de viagem, que era uma média de uma hora, a partir da Ponte Rio Negro, passando para quase 2 horas, o perigo ronda em cada curva ou mesmo nas retas, devido aos buracos, provocando mudanças bruscas de mão, tentativas de ultrapassagens ou capotamento devido ao impacto dos pneus nas bordas dos buracos.
Um sistema de fiscalização, com distribuição de equipes ao longo da estrada será colocado pelo Detran para evit6ar maiores acidentes e permitir a circulação sem danos.
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado não foi possível a recuperação da rodovia em tempo hábil, mas haverá um esforço concentrado nos próximos dias para a correção das distorções existentes, permitindo a circulação de veículos de pequeno e médio porte, sem maiores complicações.
A Secretaria informou ainda que está em estudos a duplicação da Estrada, dentro de um projeto macro do Governo do Estado de diminuição do tempo de viagem do Solimões para Manaus e do custo do frete, com a utilização da estrada a partir de Manacapuru, resultado natural da construção da Ponte.

Comida nos botecos
O sistema de alimentação para atender o fluxo extra de visitantes no município de Manacapuru, começa com o reforço dos chamados botecos instalados ao longo da estrada, que terão cardápio extra de comida rápida, mas também de refeições diversificadas, principalmente de peixes e a chamada galinha cabidela.
Na cidade os restaurantes se prepararam para a demanda com contratação de garçons para a temporada, aumento do estoque de material e crescimento do espaço para atendimento. De acordo com a Secretaria de Turismo do município, o processo é lento até que sejam estabelecidas estruturas definitivas de atendimento aos turistas de temporada, como é o caso dos visitantes na época das Cirandas.
“Hoje já temos roteiro mais amplo para o turista nacional e estrangeiro com alternativas de alimentação regional e com passeios pelos rios e lagos e caminhadas, além de visitas aos pontos turísticos de sítios e fazendas, mas agora precisamos de um sistema mais ágil para atender a demanda de quantidade, nas festas e eventos que iremos realizar, como forma de integração do município a Manaus e as comunidades vizinhas” explicou, em nota a Secretaria de Turismo.

Coração S.A

A celebração do mais fantástico grupo empresarial no Amazonas foi realizado solenemente, na noite do dia 8 de agosto e não precisou de formalização cartorial, discussão de cotas, debates de divisão de lucros  e mesmo  a frieza dos números na concepção de metas.
Neste contrato o capital social foi a solidariedade de empresas, unidas pelo sentimento de bem fazer, o objetivo não foi traçado nos números, porque a criação teve a força do coração substituindo  a frieza de resultados capitalistas, marcados nos balancetes anuais e a grande proposta não foi gerar  a distribuição de somas, mas a grandeza de oferecer  as melhores condições de vida, na convivência sociais de centenas de crianças  que, abrigadas no manto sagrado do Grupo de Apoio à Criança com Câncer do Amazonas - GACC, conseguem perceber que é possível buscar o bem estar, abrir as portas dos sonhos, conquistar a esperança e reafirmar a felicidade.
Tudo isso faz parte de um Projeto Nacional de 13 anos, chancelado como Projeto Casa da Criança que distribui estes sonhos pelo País inteiro e chegou a Manaus, para redesenhar, nos moldes das ternura e do  afeto que existem no fervor geométrico dos arquitetos, a atual sede do GACC, com 33 novos ambientes, de acordo com as necessidades identificadas no local, retiradas do convívio de crianças e adolescentes com câncer, seus pais  ou parentes e o grande exercito de voluntários, verdadeiros anjos que atendem neste solo divino de paz e de amor.
O Projeto Casa da Criança constrói ou transforma hospitais em locais aconchegantes que produzem a vida em condições saudáveis e agradáveis para crianças e adolescentes doentes, ou órfãos, ou pessoas com deficiências, atuando também no ciclo de creches, preenchendo uma grande lacuna social.
“A meta, no global, é evitar a exclusão social” explica a coordenadora nacional Lavínia Petribú, acrescentando que o ingrediente é a responsabilidade social. “Não basta o prédio, é prédio o coração, a humanização”.
O importante no Projeto é que todos podem participar com trabalho, equipamentos, materiais ou capacidade profissional, evitando a circulação do dinheiro. “É o grande momento da solidariedade. Cada um oferece o melhor de sí. NO caso de Manaus, os arquitetos, de forma pessoal, vão apresentar as ideias e a execução para humanização, as empresas entram com material e equipamentos e as promoções proveem o funcionamento de forma adequada e continua” explica Lavínia.
Este sentimento foi distribuído para a atenta plateia por Marcos Carola Nunes, gerente operacional da McDonads que todo o ano realiza o McDia Feliz, produzindo recursos em forma de bom gosto. Ele confessou, comovido, que “este é o dia iluminado na empresa, como deve ser para todos os que dedicam algo de si mesmo, ou de suas empresas, para uma vida melhor às crianças com doenças ou deficiências de qualquer ordem.
A Presidente do GACC, Jaqueline Santos explicou que o Projeto Casa da Criança, que bate às portas do Amazonas, como Mensageiro da Esperança, vai completar o grande programa de construção da sede, que ganhou novos espaços em 3 andares, recebendo a humanização que significa a auto estima redobrada de crianças e seus pais, a redinamica de sonhos que mantem a vida pulsando e a certeza de que é possível a superação com mãos que ajudam na caminhada.
O Gerente Geral da Itautinga Agroindustrial, que é o patrocinador máster do Projeto desde l999, José Emidio e que em Manaus promete redobrado esforço, explicou que a fábrica que produz cimento para toda a região é também uma sina de atividades comunitárias, no bom estilo da integração sem alardes e sem publicidade, “porque o bem é feito pelas mãos invisíveis da responsabilidade social e do conceito de igualdade social”. A Itautinga se fez representar pelo sistema corporativista do Grupo radicado em Recife e que acompanha, com zelo e dedicação, a execução de todo o processo social no Brasil.
A grande obra de humanização da sede do GACC deverá ocorrer em 3 meses, com entrega prevista para o dia 3 de novembro, concluindo o projeto integrado que tem um ano, desde os alicerceis, até a colocação da última telha. “O mundo das crianças recomeça com cores do tamanho do sonho que podemos imaginar para elas” explicou Jaqueline Santos.

terça-feira, 14 de agosto de 2012


ENTREVISTA:

Com o Promotor de Justiça João Guimarães


O Promotor de Justiça João Ribeiro Guimarães Netto é o atual titular da Comarca de Anamã. Ele começou a carreira na área de segurança pública, na Polícia Militar do Amazonas, e atualmente se orgulha da função de membro do Ministério Público Estadual. Conheça um pouco da trajetória dele através da entrevista abaixo. 



Como surgiu a vontade de ingressar na área jurídica?

Iniciei minha carreira na área da segurança pública, pois em janeiro de 1986 ingressei nas fileiras da briosa Polícia Militar do Estado do Amazonas, na graduação especial de cadete, onde participei durante três anos do curso de formação de oficiais na Academia de Polícia Militar da Bahia, tendo o primeiro contato com várias disciplinas da área jurídica. Fui declarado aspirante à oficial da PM em dezembro de 1988, onde obtive a primeira classificação nacional do curso, fato este que me rendeu uma imediata promoção ao posto de Segundo Tenente da PM, além de duas condecorações outorgadas pelo Governo da Bahia e pelo Governo do Amazonas. Chegando na Polícia Militar do Amazonas, exerci várias funções como, por exemplo, Companhia de Polícia Rodoviária, Assistência Militar do Comandante Geral da PMAM, Assistência Militar da Presidência do TRE/AM e Assessoria da Casa Militar do Governo do Estado do Amazonas, dentre outras. Durante os quase 16 (dezesseis) anos que passei na corporação, tive a oportunidade de cursar uma Pós-Graduação Lato Sensu em trânsito, na Universidade Federal de Uberlândia, onde estudei várias disciplinas ligadas diretamente à área jurídica. Durante este tempo, meu irmão ingressou no Ministério Público do Estado, fazendo com que eu passasse a conhecer bem proximamente a atuação de um promotor de justiça no interior do Amazonas. Em razão de todos esses fatores, foi despertado em mim um sentimento de cursar uma faculdade de Direito, com o objetivo único de concorrer a uma vaga no Ministério Público. Fui aprovado no vestibular da Universidade Federal do Amazonas, passando a estudar com grande entusiasmo. Após a formatura, aguardei o primeiro concurso público e, como tinha a intenção de iniciar logo na área jurídica, fiz o concurso para advogado na Caixa Econômica Federal, sendo classificado, e passando a aguardar a chamada, que somente veio após ter assumido o cargo de promotor de justiça. Fiz também o exame da OAB/AM, obtendo a aprovação, entretanto, não exerci a advocacia em razão de ter obtido classificação para o cargo de delegado de Polícia Civil, onde assumi as funções em dezembro de 2001, na Central de Flagrantes, momento em que também concorria a uma vaga no MP-AM. Mas foi somente no dia 22 de maio de 2002 que assumi com muito orgulho a mais gratificante missão da minha vida, ser promotor de justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas. Em 2012, completei, 10 anos de Minitério Público.

Quais foram às comarcas em que atuou?

Com titularidade, apenas em Maraã, Alvarães e Anamã, onde tenho atual titularidade. Mas respondi em várias outras, como Manicoré, Tefé, Anori, São Paulo de Olivença, Juruá, Uarini, Novo Aripuanã, Coari, Codajás, Presidente Figueiredo, Benjamin Constant, dentre outras promotorias na cidade de Manaus.

Quais casos mais comuns que passam pela sua Promotoria?

Casos envolvendo pensão alimentícia, investigação de paternidade, conflitos de família (separação, divórcio, partilha de bens), crimes de menor potencial ofensivo e posse de terra.

O município de Anamã está passando por um momento de calamidade pública com a enchente dos rios. Como se dá a atuação do promotor de justiça nessa situação?

Anamã é uma cidade de característica ímpar, pois neste momento de enchente recorde, as vias públicas se transformam em verdadeiros caminhos fluviais, onde o trânsito de veículos e pedestres é substituído pelas canoas, "voadeiras" e rabetas. Seria muito fácil oficiar ao Procurador-Geral de Justiça e dizer que o promotor de justiça não tinha mais condições de trabalhar nesta situação, todavia, resolvi enfrentar o problema de frente, afinal de contas, penso que o membro do parquet tem que mostrar para a população que o Ministério Público continuará a desenvolver seu papel mesmo diante das situações mais adversas. Durante o atendimento ao público, percebíamos várias motocicletas e bicicletas do lado de fora do fórum e, agora, o que presenciamos são várias canoas e rabetas, trazendo pessoas da sede da Comarca e das diversas comunidades da zona rural de Anamã. Tudo isso somente aumenta a vontade de servir à população anamaense, sendo esta, uma experiência que poucos passarão.

Fale um pouco sobre o programa de rádio desenvolvido e apresentado pelo senhor, o "Fala Promotor".

Bem, o "Fala Promotor" é um programa que apresento na cidade de Anamã, e que é transmitido pela Rádio Anamã FM, frequência 87,9, onde semanalmente abordo vários tipos de problemas direta ou indiretamente relacionados à área jurídica. A ideia surgiu de forma descontraída em uma manhã de sábado, quando eu ouvia os programas da Rádio Anamã FM e minha esposa indagou sobre a possibilidade de apresentar um programa com temas relacionados à área jurídica, onde eu abordaria um tema e em seguida responderia às dúvidas da população sobre diversos assuntos. Eu disse a ela que iria pensar nesta hipótese. Entretanto, conversando com algumas pessoas ligadas à área jurídica, a ideia surtiu efeito e, pouco tempo depois, fui convidado pela direção da Rádio para apresentar o programa. Durante todo este tempo que o programa está no ar, abordei diversos temas, como alimentos, investigação de paternidade, união estável, tráfico ilícito de substância entorpecente, juizados especiais cíveis e criminais, violência doméstica e lei maria da penha, dentre outros. O tema da semana é anunciado com antecedência e durante a programação os ouvintes enviam torpedos para o celular da Rádio, bem como ligam e falam diretamente no ar, onde são atendidos por mim, o Promotor de Justiça.

Qual o alcance do programa de rádio e o seu efeito na população anamaense?

A Rádio Anamã atinge toda a sede do município e várias comunidades da zona rural, como Cuia Grande, Cuinha, Ilha do Camaleão, Costa do Gabriel, Ajaratuba, São Paulo, dentre outras. Embora a apresentação do programa exija um pouco mais de empenho pessoal, sinto uma grande satisfação em estar contribuindo para ajudar a população do município, principalmente aqueles mais carentes, que muitas vezes não têm condições de se deslocarem até a sede da comarca. Na semana passada, quando eu trafegava em uma "voadeira" nas ruas alagadas da cidade, encontrei um ouvinte que acenou para mim e perguntou se no outro dia o programa iria para o ar normalmente. Eu lhe respondi que sim, momento em que ele me falou que iria estar atento, ouvindo o programa. Quando encontro pessoas nas ruas da cidade que agradecem a ajuda do programa e dizem que são meus ouvintes costumeiros, tenho a impressão que o objetivo do programa está sendo alcançado e, consequentemente, o dever cumprido.

Em sua opinião, qual a contribuição do Ministério Público Estadual para a população do Amazonas?

Grandiosa. O Ministério Público é uma instituição de extrema credibilidade diante da sociedade brasileira e, principalmente, da sociedade amazonense. É um dos últimos alicerces de credibilidade da população. Em todos os segmentos sociais, sempre que algo está errado, as pessoas logo falam em tom ameaçador: "vou denunciar no Ministério Público". Ou seja, a instituição Ministério Público do Estado do Amazonas goza de prestígio no seio da sociedade amazonense, e a população sabe que através do MP-AM inúmeros problemas que afetam diretamente o cidadão amazonense serão resolvidos.

Que análise o senhor faz sobre a sua atuação no Ministério Público?

Penso que tenho me empenhado para atuar de forma firme e enérgica, entretanto, com amor e atenção para com o povo do nosso estado. Ser enérgico e firme em suas convicções não quer dizer que o promotor de justiça tem que tratar as pessoas com grosseria ou arrogância, mas que aja de forma responsável, cumprindo seus deveres de membro do parquet, de forma a sempre elevar o nome da instituição Ministério Público do Estado do Amazonas. Temos que observar sempre que a população está esperando muito do promotor de justiça, e para isso, tenho me esforçado para atender os anseios da população do nosso tão sofrido interior do Amazonas.

Na sua visão existem aspectos que o MP precisa melhorar?

Sim. O interior de nosso Estado é uma situação particular em relação a qualquer cidade do Brasil. Sabemos e somos conhecedores que o Ministério Público já melhorou muito nos últimos anos, fatos que podem ser confirmados em conversas informais com qualquer procurador de justiça ou promotor mais antigo na carreira. Entretanto, sabemos também que a tendência do mundo moderno é sempre evoluir e, o MP-AM, não diferentemente das demais instituições públicas, ainda tem um caminho muito grande a percorrer para melhorar a produtividade laboral, devendo dotar as promotorias de justiça (principalmente as do interior em razão do isolamento em que se encontram) com um mínimo de condição para que o membro desenvolva sua atividade ministerial a contento. Um exemplo disso é a construção de sedes e residências para o membro do MP na comarca, bem como, a facilitação ao acesso à internet e até mesmo o transporte para deslocamento do membro às comunidades da zona rural, a fim de atender à população carente, e quando falo em transporte, traduzo de imediato, que o transporte em nossa região seria as chamadas "voadeiras".



"A carreira ministerial é um verdadeiro sacerdócio. Entretanto, nada na área jurídica é mais gratificante que ser Promotor de Justiça. O amor pela atividade do Ministério Público tem que vir acima de tudo e, como grata recompensa, teremos a satisfação de um dever cumprido. Nunca se desestimulem quando ouvirem alguém dizer 'isso não vai dar em nada'. Lembrem-se que as grandes conquistas começaram com algo que parecia inatingível. Tentem se estimular diariamente como se fosse aquele primeiro dia de trabalho no Ministério Público, onde chegamos cheios de sonhos e idealizações". João Guimarães.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012


Rotta defende leis mais severas para adolescentes infratores
Castigo forte

O aumento do índice de envolvimento de crianças e adolescentes em crimes registrados no Amazonas fez com que o deputado estadual Marcos Rotta (PMDB), alertasse a sociedade para a criação de leis mais severas e punitivas a esses “pequenos” infratores.
Na avaliação de Rotta, esse alto índice é resultado de uma lei branda, que acolhe não somente a vítima como também defende o infrator. “O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um dos mais modernos do mundo, mas deixa brechas para que maus elementos se defendam e não paguem por seus erros”,comentou o parlamentar, ao acrescentar que adolescentes são usados como “escudo”para criminosos perigosos.
“Isto é, meninos ou meninas assumem a autoria de crimes que não são deles. Como são menores de idade, não são penalizados. Resultado, eles voltam para a delinquência e o verdadeiro criminoso segue em liberdade e continua usando o adolescente como 'escudo' ”, lamentou Rotta.
O parlamentar afirmou ainda não ser a favor da redução da imputabilidade criminal, no entanto, disse ter a convicção de que, independentemente da idade, o infrator tem de ser responsabilizado por seus atos. “A família deve se unir, cuidar mais dos seus filhos. Afinal de contas, não apenas o Estado, mas pai e mãe também são responsáveis pela segurança de seus filhos. Devemos resguardá-los e, principalmente, evitar que se envolvam com droga, a maior culpada pelo alto índice de criminalidade no Amazonas e no resto do país”, completou.
Durante o pronunciamento, Rotta voltou a ressaltar a importância do governo do Estado em investir na segurança pública, por meio do programa Ronda no Bairro e com a aquisição de equipamentos de alta tecnologia. “No entanto, precisamos de mais recursos e do apoio do governo federal. Isso porque, para combater os criminosos na fronteira do Estado com outros países, a Polícia Federal precisa de um aparato maior, com estrutura e equipamentos. Acredito que, se houvesse investimento na PF, o Amazonas não seria rota do tráfico”, disse o deputado.
Ao levantar a questão da segurança, Rotta abriu uma grande discussão em plenário, sendo aparteado por praticamente todos os deputados presentes, entre eles José Ricardo, Fausto Souza, Conceição Sampaio e Belarmino Lins.


Cartão vermelho
Dauro Braga
É extraordinária a transformação comportamental do povo brasileiro durante o período em que se desenrola a Copa do Mundo. O sentimento de amor à Pátria aflora na personalidade de cada um de nós e se propaga em escala geométrica, tal e qual um potente vírus, contagiando a todos com a febre do patriotismo.
As manifestações de amor à Pátria são visíveis em todos os recantos deste imenso Brasil, desde os rincões mais inóspitos até as grandes metrópoles. Os logradouros públicos, as nossas casas, os nossos veículos e nós mesmos nos engalanamos com adereços pintados com as cores do pavilhão nacional. A Bandeira Brasileira, símbolo maior de nossa Pátria, que deveríamos cultuar todos os dias de nossas vidas, no período em que se realiza a Copa, sai do ostracismo a que é relegada pelo povo brasileiro durante a maior parte do tempo e passa a receber demonstrações de amor incondicional. Nas apresentações da nossa seleção de futebol é admirável vermos os adultos e as crianças entoando o Hino Nacional com a voz embargada pela emoção e em postura respeitável como assim recomenda a regra dos bons costumes.
Agora que estamos nos preparando para sediar a próxima copa do mundo, reascende em nós a esperança de que, haveremos de conquistar mais um título de campeão. No entanto, para que esse objetivo seja alcançado, precisamos corrigir os erros do passado, e escolhermos entre inúmeros jogadores que se apresentam para o embate ,  aqueles que, são os melhores para compor a nossa seleção.
No presente ano, teremos eleições para a escolha de prefeito e vereadores de nossa cidade. Entendo que, esse grande evento cívico se reveste de importância ainda maior que o outro, pois se o outro mexe com as nossas emoções e o nosso sentimento patriótico, a escolha de nosso prefeito e dos membros que comporão o legislativo municipal, mexe com o destino de nossa cidade e de todos nós munícipes, pelo período de quatro anos. A opção de escolher o melhor é inteiramente  nossa. 
Assim como fazemos durante a realização da copa do mundo, também façamos o mesmo agora. Desfraldemos a bandeira do nosso partido, vistamos a camisa dos nossos candidatos, cantemos os hinos de louvor a eles, façamos dessas eleições um grande evento de civismo, uma monumental festa de louvor à Democracia, mas sejamos prudentes e ajuizados quando formos exercer o direito da escolha através do voto.
Na hora de escolhermos os atletas que comporão a seleção política, afastemos o sentimentalismo irresponsável que provoca em alguns casos a troca do voto por pequenos favores ou por promessas vãs de melhores dias. Usemos a razão! Escalemos somente os candidatos que sejam os melhores atletas, de competência administrativa comprovada, que saibam driblar com maestria as dificuldades multinacionais do dia a dia, que joguem para a lateral as bolas da corrupção, que com a cabeça saibam fazer gol de placa com os recursos públicos, aplicando-os corretamente em atividades que tragam reais benefícios aos seus concidadãos.
Esse é o momento certo para abandonarmos a arquibancada onde nos instalamos como meros espectadores e partirmos para o meio do campo, para assumirmos com responsabilidade o duplo papel a que temos direito: de técnico, para escalarmos os melhores que irão participar do jogo e de juiz, para darmos aos incompetentes, aos impatriotas, aos oportunistas e aos falsos profetas o merecido “cartão vermelho”.

CETAM forma a segunda etapa do projeto
comunidade digital no distrito do Purupuru

 Na quinta feira 26 de julho, aconteceu no distrito do Purupuru o encerramento de três cursos de informática, proporcionado pelo CETAM. Um grupo de 100 jovens concluiu os cursos de Informatica básica e avançada. O encerramento do curso aconteceu na quadra poliesportiva da escola Pedro dos Santos e foi prestigiado pelo Coordenador do Cetam Pedro Pereira, Diretora da Escola Joelma, pelos instrutores do Cetam Erivan Silva, Everton Gomes e pelo técnico de informática Vanderson Reis.
Na ocasião alunos concludentes prestaram homenagem ao CETAM pela oportunidade.
Em seu discurso, o coordenador do curso Pedro Pereira destacou que os cursos são projetos do governo do estado em parceria com as escolas estaduais e entidades de classes. Segundo ele, serão oferecidos outros cursos voltados para a necessidade da comunidade.
A presença do CETAM pode mudar a realidade de um cidadão, onde antes os jovens não tinham perspectiva de futuro, devido à falta de oportunidade, ao qualificasse profissionalmente sentisse preparado para competir no mercado de trabalho.  Assim o CETAM tem atuado positivamente em varias áreas como: Condutor de Turismo, Balconista de Farmácia, Recepcionistas de Eventos e Camareira. Isso para atender a rede hoteleira e a comunidade do Município. E para o segundo semestre o CETAM estará atendendo a solicitação da comunidade oferecendo 04 novos cursos, sendo esses na sede do Município. Veja os dados das ações do CETAM/Careiro.