quarta-feira, 13 de junho de 2012


O Bairro, que completa dia 13, 48 anos de vida, e nasceu de uma invasão, agora tem as sedes do Governo do Estado e da Prefeitura. E seu povo ainda quer muito mais.

COMPENSA, CAPITAL DO AMAZONAS


Revivendo ano a ano o tempo passado do dia em que os primeiros invasores ocuparam uma área desconhecida na zona oeste de Manaus, até os momentos mais fortes de  reorganização dos grupos humanos, instalação de grandes industria, mudança da feira do Bagaço para uma feira modelo, construção da Escola de Mineração que se transformou na sede da Prefeitura, instalação da sede do Governo do Estado num prédio construído também para ser escola, os moradores da Compensa vão comemorar os 48 anos de existência do bairro que é símbolo da resistência, da liberdade e da reação.

A Compensa foi um bairro acanhado e fechado com apenas uma saída através da ponte do São Raimundo, mas atualmente tem várias alternativas graças ao trabalho do Prosamin, que mudou a feição do local e pode chegar até ao interior, por via direta da Ponte Rio Negro. Ao longo do tempo o igarapé do Franco que cortava o bairro e que foi um dos primeiros a ser deteriorado pela ocupação desordenada, ganhou linhas de concreto na administração do prefeito Artur Neto, que deixou pela metade para dar carona no futuro para o Prosamin.

O bairro teve a maior beneficiadora de madeira, a Compensa S.A, os maiores estaleiros na sua orla, mas não perdeu a força da economia substituída por outras alternativas industriais de componentes e um comercio  muito denso, apoiado por estrutura bancária, linhas de circulação de transporte coletivo e um dos primeiros, apesar de tímido shopping da cidade, mantido até hoje.

Na festa deste ano os promotores – Alfranio Perrone e Itamar Nunes – estão realizando, além do evento de música no dia  16 na rua principal em frente ao Shopping da Compensa, com inicio às 18 horas e termino às 2 da madrugada, um grande mutirão de serviços no dia 15, sexta-feira, durante toda a manhã no CSU do bairro, com serviços de emissão de documentos, distribuição de preservativos, corte de cabelo, atendimento médico ambulatorial e até mesmo opções de lazer para crianças, jovens e adultos.

O líder Alfranio explica que esta data é sempre um recomeço para o bairro porque serve como reflexão de sua história para construir o futuro. “Todos ajudam, participam e lembram da epopéia de coragem e ousadia que foi a ocupação e ordenamento do bairro” explica ele, morador da Compensa desde os primeiros momentos.

Representando a ala mais festiva  o líder Itamar Nunes considera valiosa a saga da comemoração porque evidencia que valeu a pena lutar e chegar no momento de realizações e  satisfação enquanto comunidade e agora como centro de decisão do Estado. “A proposta é a interação de esforços para o dia seguinte, porque nunca estaremos completos e sempre haverá momentos de luta na busca do ideal que imaginamos” explicou Itamar.

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