Conselheiro
Almino Affonso lança livro baseado no governo de Goulart e Golpe de 1964
Conselheiro
municipal de Gestão Estratégica da Prefeitura de Manaus, Almino Monteiro
Álvares Affonso lançou, nesta quinta-feira, 24, no Palácio Rio Branco, Centro,
o livro ‘1964 na visão do ministro do Trabalho do presidente João Goulart’.
Amigos
escritores, políticos e várias personalidades amazonenses prestigiaram o
lançamento. Almino disse que foi um prazer escrever o livro e mostrá-lo aos
amazonenses tem um grande significado. "Fizemos sucesso lá (São Paulo),
mas ao trazer o livro para a minha terra, sou eu quem fico em um tamanho
maior", disse, referindo-se ao fato de a obra ter sido lançada
recentemente também em São Paulo.
No livro,
Almino Affonso, que é amazonense, nascido no município de Humaitá, escreve com
detalhes todas as causas que levaram ao Golpe Militar em 1964. Ele ressaltou
que apesar das pesquisas, a obra é baseada, sobretudo, nos próprios
testemunhos, vividos enquanto deputado federal e ministro do Trabalho e da
Previdência Social.
"É uma
história que cobrou do nosso povo muita morte, muita tortura. É algo que ficará
como uma página, realmente, negra da nossa história política. O importante é
que nós saibamos disto, sobretudo, os mais jovens e possamos dizer: nunca mais
uma ditadura, venha de onde vier. Nenhum país cresce sem as liberdades
públicas, onde o debate pode se dar e as ideias, por mais contraditórias,
tenham espaço. Se não conseguirmos isso, não teremos uma democracia
amanhã", comentou.
Dentre as
personalidades que prestigiaram o lançamento, estava a historiadora Etelvina
Garcia. Ela disse que apesar de não ter concluído a leitura a obra, tem a
absoluta certeza de que Almino a retratou com fidelidade, expondo o que viu e
vivenciou durante o regime militar. "Ele mostra exatamente a participação
dele (Almino) como homem público, como ministro de Estado e como brasileiro,
que afinal de contas foi obrigado a viver longe do seu país", destacou.
Ao analisar
os fatos com seriedade, sem se isentar, Almino destacou que a obra traz uma
mensagem para os jovens. Ele disse que a juventude precisa lutar por um país
melhor, mas para que isso aconteça, precisa, sobretudo, lutar de forma
coordenada.
"Os
jovens devem ter uma participação política cada vez maior. O protesto de rua é
admirável, mas se não houver uma articulação partidária, fica o protesto, mas
não fica a forma de transformar o ato em ação concreta. Eu sei que há
dificuldades dos jovens em se filiar em partidos políticos, até entendo suas
decisões, mas essa é mais uma razão para que imponham sua vontade criadora
", afirmou.
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