“A decisão cautelar que suspendeu a posse do segundo
colocado na prefeitura de Coari, o empresário Raimundo Magalhães (PRB), vai
permitir que a quadrilha comandada pelo atual prefeito do município, Iranilson
Medeiros (DEM), possa fazer o último saque de R$ 4 milhões (royalties) do cofre
da prefeitura”. Esta é opinião do deputado Abdala Fraxe (PTN) que junto com o
deputado Luiz Castro (PPS), o candidato Raimundo Magalhães e a advogada Maria
Benigno, convocou uma entrevista coletiva na Assembleia Legislativa do Amazonas
(Aleam), na tarde desta quarta-feira (25), com o objetivo de expressar o
descontentamento com a decisão tomada pelo juiz eleitoral Délcio Santos.
Chamando a liminar de decisão “esdrúxula”, o deputado Luiz
Castro confirmou que o prefeito Iranilson nomeou em cargos da prefeitura,
parentes do ex-prefeito Adail Pinheiro. “A impressão que se tem é que ele é um
fantoche nas mãos de Adail. Nós tememos que essa insegurança jurídica
prejudique ainda mais o povo sofredor daquele município que é o segundo mais
rico do Amazonas em recursos, mas o mais pobre em termos de ética na política”,
afirmou.
Ao falar da parte jurídica, a advogada Maria Benigno disse
que o juiz Délcio se baseou numa remota e improvável anulação do pleito de
2012. Não existe respaldo jurídico para se fazer uma nova eleição. Mesmo assim,
ele teve esse entendimento, na minha opinião, equivocado. Estamos estudando o
que fazer para reverter a situação”, salientou. A advogada confirmou ainda que
o juiz deverá colocar a liminar em votação, no dia 6 de abril, para que o Pleno
do TRE tome a decisão sobre a questão.
Ao falar sobre o caso, o empresário Raimundo Magalhães disse
que, na terça-feira (24), viveu dois momentos distintos. Um de alegria e outro
de decepção. Mesmo assim confia na Justiça e espera que em breve vá governar o
município de Coari. “Quero governar para o povo. Não terei parentes na minha
administração”, garantiu.
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