Antes de viajar para Brasília – onde vai assistir ao julgamento,
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da Súmula Vinculante 26, que poderá causar
rejuízos à Zona Franca de Manaus (ZFM) – o deputado Serafim Corrêa (PSB)
manifestou-se nesta quarta-feira (25), da tribuna da Assembleia Legislativa do
Amazonas (Aleam), favorável à aprovação pelo Senado, do fim das coligações
proporcionais.
O parlamentar também aprovou a sanção, pela presidente Dilma
Rousseff, da lei que proíbe fusões partidárias e aplaudiu a ação da prefeitura
do Rio pela mudança dos indexadores da dívida de estados e municípios.
Serafim Corrêa comentou que aprovação do fim das coligações
proporcionais, ou seja para os cargos de vereador, deputado estadual e deputado
federal significa que cada partido vai ter que “botar seu bloco na rua”, pois nenhum
deles vai ter mais a vantagem da coligação para eleger parlamentar sem ter
votos próprios. “É importante e aperfeiçoa o nosso sistema, corrigindo uma
distorção que existia em nosso país”, disse.
Sobre o veto da lei que dificulta a criação de novos
partidos e impede a fusão de partidos com menos de cinco anos de fundação, conhecida
como Lei anti-Kassab, Serafim disse que foi um “chega prá lá” na intenção do
ministro das Cidades, Gilberto Kassab, de criar o PL para fundir com o PSD. “Foi
uma reação contra esse movimento que o ministro Kassab fez com o objetivo de
esvaziar o PMDB. Com o controle das duas Casas, o PMDB reagiu rápido e impediu”,
afirmou.
Finalizando seu pronunciamento, o parlamentar lembrou que na
terça-feira (24) a prefeitura do Rio de Janeiro conseguiu uma liminar garantindo
que a mudança dos indexadores da dívida de estados e municípios, tenha validade
imediata, antes de sua regulamentação. “O governo federal não regulamenta
porque com isso ele continua na sua prática de agiotagem”, disse, citando o
exemplo de São Paulo, que devia R$ 10 bilhões em 2000, já pagou R$ 20 bilhões e
hoje ainda deve R$ 62 bilhões.
Protesto
Serafim também se manifestou contra os imbróglios criados
pela Justiça Eleitoral brasileira, criticando a morosidade e os interesses ocultos
que rondam as ações na Justiça Eleitoral. Serafim se referiu à suspensão da
diplomação do prefeito de Coari Raimundo Magalhães (PRB), manifestando a sua
perplexidade e indignação, na mesma linha do discurso do deputado Luiz Castro
(PPS), uma vez que caso seja anulada a eleição de 2012, haverá nova eleição que
vai favorecer o filho do ex-prefeito cassado Adail Pinheiro.
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