Guerreiros
Mura
O amor está
no ar
O amor na mira do guerreiro busca a inspiração para entender
a paz como instrumento de harmonia do ser e de organização da sociedade como
entidade de integração de sonhos e de esperanças.
Este é o caminho traçado pela Ciranda Guerreiros Mura, para
o Festival de Manacapuru deste ano da graça de Deus e da utilização da ponte
Rio Negro na liberdade da escravidão e da dependência das balsas de passado
histórico, necessário, mas doloroso.
A Guerreiros Mura vai cantar o amor na Arena do Parque do
Ingá, trazendo a fascinação das lendas e mitos que fazem a história dos
sentimentos mais puros e mais desejados do universo na perseguição da
felicidade. Nada mais, nada menos do que explicar as origens do povo, as lendas
que circundam a floresta e os rios e são repassadas por gerações no conto e no
canto de antepassados, sem ilusão da imaginação, mas com a verdade escrita na
palma da mão pela repetição que torna verdade qualquer sedução.
Mas a Guerreiros Mura percorreu o mundo, garimpando gestos
de amor que se tornaram lendas e traz até o sono de Orfeu, da mitologia grega
para ilustrar o maior sentimento do gênero humano, plastificando, pela arte e
criação de seus gênios nas oficinas e nos galpões, tudo o que pode inspirar a
ternura, o afeto, a singeleza e a beleza que se unem e se fundem no coroamento
do amor.
Centenas de operários da arte trabalham há mais de 90 dias
para ilustrar esta história que será contada na dança e no gestual de 400
int6egrante, em 8 alegorias e no estribilho da canção que perfaz o conjunto de
sonhos do mundo. Para o presidente Clay, que aposta na vitória, porque, segundo ele, “nada é capaz de superar
o amor, mesmo contado em prosa e verso, ou mostrado no espelho de uma festa “.
A pesquisadora Miriane Vieira pegou a carona até mesmo da
manifestação divina, que é o exemplo maior do amor, em tantos e tantos gestos,
desde a criação do mundo, até o sacrifício de Jesus para salvar a humanidade,
mas se ateve no mundanismo das lendas e dos mitos, para mostrar que é o amor
que move a emoção, que estimula a inteligência, que impele o movimenta e
despertar a beleza escondida em cada um.
“O apaixonado vê as cores que não enxerga no dia a dia,
percebe o canto dos pássaros na pauta musical da natureza, admira as flores que
nascem na beira da estrada ou no pequeno de terra no quintal, e consegue
irradiar alegria, fantasia, confiança e ternura” explica a pesquisadora,
acrescentando que a própria fascinação pela Ciranda, como manifestação popular,
já é uma explosão de amor.
24 de agosto, “Através de histórias, lendas e mitos a
Guerreiros Mura celebra o amor”
Eu te amo
Quando Deus criou o mundo, instituiu o amor na sua forma
mais ampla e completa e deixou um recado para garantir a própria manutenção do
mundo: crescei e multiplicai-vos. E aí nasceram as outras formas: o amor
materno que recria e amamenta o afeto, o amor espiritual que une seres pela
força da amizade, o amor da paixão que arrebata e fulmina, o amor instável
conhecido como amor bandido, o amor pragmático que se desenvolve lentamente como
uma planta regada a ternura, até o momento de dar os frutos.
O amor, que é tudo e muito mais, será mostrado em prosa e
verso pela Guerreiros Mura, neste Festival, reacendendo corações e revelando
que há algo no ar, além da ponte sobre o Rio Negro.
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